Sua causa mais comum é a higiene oral inadequada, pois restos de comida nos dentes atraem bactérias que, em grandes quantidades, passam a atacar a gengiva, originando a inflamação. Oscilações hormonais, que acentuam a reação do corpo à inflamação, bem como doenças que comprometem a imunidade também podem ser responsáveis pelo surgimento da doença.

Embora a gengivite seja um problema comum que atinge, segundo estudos da Sociedade Brasileira de Periodontologia (Sobrape), mais de 95% da população brasileira, nos quadros mais graves, ela pode evoluir para a periodontite. Quando o processo inflamatório e infeccioso chega a esse estágio, atingindo o periodonto, tecido que sustenta os dentes, há risco de perda de dentes.

A boa notícia é que cuidados simples podem reduzir sensivelmente a chance de desenvolvimento da gengivite ou que ela evolua para um caso mais sério. A recomendação dos especialistas é que a higiene bucal seja realizada pelo menos três vezes por dia e que dure cerca de dois minutos, com a realização, na escovação, de movimentos circulares e verticais. A escova utilizada deve ser macia e o creme dental deve ter, em sua composição, fluoreto com, no mínimo, mil partes por milhão (essa informação aparece na embalagem dos produtos com a indicação “ppm”).

Enxaguantes bucais podem contribuir para a prevenção da gengivite, mas são considerados produtos coadjuvantes, com a indicação de que seu uso e fórmula devem obedecer à recomendação do dentista. O uso do fio dental, ao contrário, é considerado um cuidado fundamental para evitar a gengivite, devendo ser passado ao redor da base de todos os dentes, após a escovação. O item é importante, pois ajuda na limpeza de locais que as cerdas da escova não conseguem alcançar. Além dos cuidados do dia a dia, a visita regular ao dentista garante a limpeza minuciosa que promove a eliminação da placa bacteriana. O profissional também será capaz de identificar precocemente a gengivite, indicando o tratamento mais adequado.