A população no Brasil e no mundo está envelhecendo. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2060, um quarto da sociedade brasileira (25,5%) deverá ter mais de 65 anos.
O aumento da expectativa de vida decorre de fatores como o avanço da medicina e o acesso a condições de vida mais saudáveis. Por isso, é preciso estar alerta em relação à saúde desses idosos, de modo a proporcionar uma vida ativa e de qualidade para essa parcela cada vez maior da população. Nesse quesito, a saúde bucal do idoso é um ponto muito importante que deve ser observado, já que uma boca saudável é fundamental para o bom funcionamento de todo o corpo.
Com o avanço da idade, a capacidade de regeneração e sustentação das células da boca diminui. “Essas mudanças bucais físicas, combinadas com doenças comuns entre os idosos, como o diabetes, a artrite e o mal de Parkinson, podem levar a problemas bucais sérios”, ressalta a odontologista e gerente de Credenciamento e Benefícios da MaisDental, Danuza Heluy.
O que o envelhecimento provoca na boca?
A boca envelhece junto com o indivíduo.
Algumas condições na saúde bucal de idosos observadas com o avanço da idade são listadas a seguir.
– Redução do paladar
Cerca de 80% dos idosos com mais de 70 anos têm dificuldade em sentir o doce, o salgado, o amargo e o ácido. Isso diminui também o prazer de comer, o que pode levar à desnutrição.
– Mudanças na gengiva e nos ossos de sustentação (periodonto)
O envelhecimento provoca a diminuição da mineralização do tecido ósseo, incluindo o da boca. Isso pode provocar retração da gengiva e perda de dentes. A gengivite também é mais comum em idosos do que em jovens.
– Diminuição da saliva
“A saliva é muito importante para todas as funções bucais. Lubrifica a mucosa, previne a desmineralização e promove a remineralização dos dentes”, explica a odontologista. Na idade avançada, especialmente quando se está em repouso, uma quantidade menor de saliva provoca feridas na mucosa e dificulta a mastigação e a deglutição.
- Problemas decorrentes de outras doenças
- Câncer –pacientes com câncer têm processo de cicatrização mais lento. São ainda menos resistentes a infecções, têm menos capacidade gustativa e produzem menos saliva.
- Parkinson e artrite – idosos com essas patologias têm dificuldade em realizar a higiene bucal por causa da perda da habilidade das mãos.
- Diabetes – é observada alta incidência de cáries e doenças na gengiva em idosos diabéticos.
– Perda de dentes
A perda de dentes é o problema mais frequente e grave entre os idosos. Sem os dentes, a mastigação, a deglutição, a fala e o convívio social são alterados e podem levar a problemas nutricionais e psicológicos graves.
Como cuidar da saúde bucal do idoso?
Assim como em qualquer idade, a incidência de doenças bucais diminui com a
higienização correta da boca. Mas, com o envelhecimento, mesmo a adoção de práticas corretas de higiene bucal não é suficiente para reverter algumas condições, como a perda de dentes. E essa perda vai além da questão estética, afinal, a boca é o cartão de visitas da pessoa. A falta de dentes provoca isolamento, vergonha, baixa autoestima e diversas questões psicológicas. Por isso, a reposição desses dentes é essencial para a qualidade de vida do indivíduo idoso.
Além da prótese dentária – popularmente conhecida como dentadura –, a forma mais comum de reabilitação oral de idosos que perderam os dentes, vem ganhando cada vez mais aceitação entre a população mais experiente outra opção de reposição dentária: o implante.
O que é o implante dental?
Para substituir um ou mais dentes, é feita a instalação, por meio cirúrgico, de um implante de titânio, que terá a função de “raiz do dente”. O implante é fixado no osso, por isso envolve procedimento invasivo e anestesia. Posteriormente, uma coroa protética será instalada e fixada sobre o implante de titânio.
Qualquer idoso pode fazer implante dental?
A idade não é uma contraindicação para a colocação de implantes dentários. Com o avanço da implantodontia, o implante tem se tornado cada vez mais viável para essa faixa etária.
Mas, atenção! O idoso precisa estar em boas condições de saúde, o que inclui o controle de doenças crônicas (como diabetes e hipertensão) e o equilíbrio psicológico, bem como volume e dimensões ósseas bucais suficientes para receber o implante.
“Um implante bem-sucedido vai melhorar a capacidade desse idoso de mastigar e, consequentemente, otimizar seu estado nutricional e elevar sua autoestima, fatores essenciais para a obtenção de uma boa qualidade de vida”, pondera Heluy.
Fique de olho: em breve, a MaisDental terá uma novidade que vai revolucionar o acesso a implantes de qualidade!